
Pegando nas oportunas palavras de Leonard Cohen, fui realmente um dos felizardos a poder assistir ao seu concerto; no passado dia 10 de Setembro, no Pavilhão Atlântico em Lisboa, isto graças à amizade e generosidade de uma amiga.
Various Positions (1984), foi o seu primeiro trabalho que ouvi, sendo inolvidável e num certo sentido irrecuperável toda a emoção da primeira audição. Desde aí sempre o considerei um mestre da condição humana, pelo valor estético e filosófico do seu trabalho, na dificuldade de tal tarefa ao recusar estéticas ou morais demasiado óbvias.
Um longo e profícuo caminho ja foi assim percorrido, desde o tempo do guitar hero solitário, tão bem exemplificado em Songs of Leonard Cohen (1967) A partir de Recent Songs, (1979) o seu trabalho torna-se mais intimista e delicado, a ironia coexiste com um assumido fatalismo, temperado por uma simpatia perante a dor humana, seja a mais banal que pode existir entre um homem e uma mulher, até ao paroxismo do The Future, (1992) que poderia ser interpretado como uma crítica à sociedade liberal e hedonista contemporânea, que se encaminharia para um suicídio social e ecológico.
Gostei da simpatia de Cohen ao incluir na letra de Hallelujah : I did not come to this great city of Lisbon to fool you. Na letra de Chelsea Hotel não reparei no excelente trocadilho do original: Giving me head on the unmade bed. Sentimento humildade e energia, foram uma constante, insistindo Cohen em agradecer reverencialmente duas vezes aos músicos e demais interpretes, cantando dramaticamente de joelhos alguns temas, e regressando ao palco para inúmeros encores, em passo dançante.
Um longo e profícuo caminho ja foi assim percorrido, desde o tempo do guitar hero solitário, tão bem exemplificado em Songs of Leonard Cohen (1967) A partir de Recent Songs, (1979) o seu trabalho torna-se mais intimista e delicado, a ironia coexiste com um assumido fatalismo, temperado por uma simpatia perante a dor humana, seja a mais banal que pode existir entre um homem e uma mulher, até ao paroxismo do The Future, (1992) que poderia ser interpretado como uma crítica à sociedade liberal e hedonista contemporânea, que se encaminharia para um suicídio social e ecológico.
Gostei da simpatia de Cohen ao incluir na letra de Hallelujah : I did not come to this great city of Lisbon to fool you. Na letra de Chelsea Hotel não reparei no excelente trocadilho do original: Giving me head on the unmade bed. Sentimento humildade e energia, foram uma constante, insistindo Cohen em agradecer reverencialmente duas vezes aos músicos e demais interpretes, cantando dramaticamente de joelhos alguns temas, e regressando ao palco para inúmeros encores, em passo dançante.
Sem comentários:
Enviar um comentário