Algures num país do Próximo Oriente, uma mulher sofre a tortura psicológica de quem aguarda uma execução, por ter cometido adultério. Não sei exactamente quantos minutos cada um de nós, dedica simplesmente a pensar nisto. Ou talvez a violência imaginária , já se tenha confundido tanto com a violência do quotidiano, que seja fácil esquecer e banalizar. Não estamos assim tão longe geográfica e mentalmente de práticas aberrantes, como a ablação do clitóris, ou a queima das bruxas. Para ser violentado basta afinal existir. Que a segurança dos nossos leitos Ocidentais, e dos direitos femininos adquiridos, não nos faça esquecer isto, quando formos dormir hoje. Podia ser comigo.podia ser contigo, e eu nada fiz. Consenti. Sou assim igualmente culpado/a por negligência ou preguiça. Será que vamos conseguir dormir hoje? Será que vamos deixar os nossos representantes igualmente dormir, à sombra dos tratados e interesses? Espero que não, em nome das presentes e futuras... insónias!
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