(Fonte foto: um bis-branco)
No serro do montado
Balança o corpo do enforcado
Corpo triste, abandonado
No chão o chapéu breve, amarrotado
Lado a lado as mãos
solitárias
Sem afago leves e
soltas
já não desejam ser
outras
Agora inúteis e
ignaras
Morte que dás o
sentido
Vivemos na tua
sombra e olvido
se um dia o nosso
mortal passo,
demasiado se adianta
Vens como a primeira
das mães,
ajeitar a nossa
cama.
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