quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Finis Patriae


Esperando que Guerra Junqueiro não se ofenda, abro com este título. É decerto fácil juntar a minha humilde e tardia voz, ao coro de uivos, gemidos e rangidos. Mas sinto que o devo fazer. Não escolhi o meu país, a minha cultura, os meus pais e família, ou a minha língua. Vivo momentos de morna depressão, morte social e laboral. Ainda assim, vivi aqui 44 anos da minha vida, sendo a minha identidade inseparável deste Portugal que habito e que me habita.

Gostaria de acreditar numa luz ao fundo do túnel, para toda esta apatia, ignorância e infantilismo que atravessa diagonalmente a nossa sociedade. Políticos que ora dançam o tango, ora amuam, indivíduos alimentados a novelas, concursos que oferecem dinheiro à borla, mau gosto à saciedade, e substituição de uma ética colectiva, pelo aplauso cínico àquele que se safa à custa dos outros, ad nauseam.

Assim não vamos lá! Uma nação é justamente um conjunto de pessoas com um fim comum, solidariedade e identidade. Somos todos portugueses, mas tal não deveria ser um dado à partida, mas sim uma condição que se merece. Senão de nação a bando, acabamos em... bandalhos.

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